Pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB) comentou o quadro político nacional e reforçou seu posicionamento neutro com relação às campanhas do ex-presidente Lula (PT) e do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), durante participação de sabatina da Folha e UOL, nesta quarta-feira (25).
“Aqui na Bahia fica esse ping pong. De um lado a turma ligada ao Bolsonaro fica argumentando que eu tenho conversas com o PT (…). Do outro lado, a turma do PT fica me acusando de ter conversas com Bolsonaro”, lembrou o ex-prefeito de Salvador. “Na verdade, ambos estão errados, porque aqui nós assumimos uma posição muito clara”, afirmou, justificando seu posicionamento no foco às “questões que interessam aos baianos”, como os índices da educação, saúde e emprego, e por conta das alianças locais com siglas como Progressistas e Republicanos, que nacionalmente marcham com Bolsonaro, Solidariedade, que apoia Lula e o PDT, que defende a pré-candidatura de Ciro Gomes.
“Então, eu tenho que respeitar a posição desses partidos e tenho dito aos baianos com muita clareza que estarei preparado para governar a Bahia com qualquer presidente que o Brasil venha a eleger em outubro”, ponderou ACM Neto. “Nós temos aqui um palanque aberto, por isso é que nós não estamos aqui nacionalizando a campanha. Eu não sou o candidato a Presidente da República. Eu não enxergo os pré-candidatos a Presidente da República como meus adversários. Eu tenho que debater a Bahia”, reiterou.
O ex-prefeito defendeu ainda que, embora as pesquisas apontem a liderança de Lula e Bolsonaro, a eleição ainda não está definida. “Eu não tenho bola de cristal, não sei o que vai acontecer, acho cedo demais pra dizer ‘ah, o segundo turno está resolvido, o quadro está decidido, é a polarização e acabou. É Lula e Bolsonaro e não tem outra opção’”, disse o pré-candidato ao Palácio de Ondina. “Não sabemos. Ainda tem muita coisa pra acontecer. O quadro hoje é um quadro polarizado, entretanto, a gente que conhece a política, eu que tenho experiência na política, posso afirmar que em quatro meses e meio, que é mais ou menos o que falta pra eleição, é muito tempo. Muita coisa pode acontecer”, avaliou.